Fintechs: entenda o conceito, categorias e oportunidades reais

Fintechs são empresas de tecnologia financeira que utilizam inovação para oferecer serviços financeiros de forma ágil, acessível e digital. Elas atuam por meio de plataformas online, criando novos modelos de negócio e transformando a forma de lidar com o dinheiro.
O termo vem da junção de financial (financeiro) e technology (tecnologia). Combinando esses dois mundos, as fintechs estão no centro da evolução dos mercados financeiros globais e locais, trazendo eficiência, personalização e inclusão.
No Brasil, o ecossistema é robusto e segue em expansão em 2025. São mais de 1.700 fintechs em operação, representando cerca de 58,7% de todas as startups financeiras da América Latina.
Neste artigo, iremos mostrar como as fintechs estão redesenhando o setor financeiro e abrindo oportunidades e caminhos para inovação.
Por que as fintechs ganharam força no mercado?
O avanço da digitalização transformou o comportamento dos consumidores, que hoje buscam serviços financeiros simples, acessíveis e disponíveis 24 horas por dia. As fintechs aproveitaram essa demanda para oferecer soluções totalmente digitais.
Além disso, o Brasil apresenta alta taxa de bancarização e um ambiente regulatório que favorece a inovação, com iniciativas como Open Banking, Open Finance e o Pix.
Esse cenário abriu espaço para que esse tipo de instituição ampliasse sua atuação e desafiasse modelos tradicionais.
Origem e evolução das fintechs
O termo “fintech” surgiu em 1980, criado pelo jornalista Peter Knight no Sunday Times, ao descrever a fusão entre finanças e tecnologia. Na época, ainda era um conceito distante da revolução digital que conhecemos hoje.
Em 1998, o PayPal se destacou como uma das primeiras fintechs de sucesso, oferecendo pagamentos digitais rápidos e seguros. Após a crise financeira de 2008, a confiança nos bancos tradicionais foi abalada e o mercado abriu espaço para novos modelos financeiros.
No Brasil, a evolução ganhou força a partir de 2010 com o surgimento da Toro Investimentos. Poucos anos depois, nomes como Banco Inter e Nubank consolidaram o modelo digital.
O número de fintechs que operam no Brasil disparou 77% desde 2020, indo de 1.158 empresas para 2.048 em 2025, demonstrando o crescimento exponencial do setor.
Principais tipos de fintechs
As fintechs atuam exclusivamente no ambiente digital e oferecem soluções especializadas para diferentes áreas do sistema financeiro. Veja, a seguir, as categorias comuns e alguns exemplos de empresas em cada uma.
Tipo de fintech |
O que são |
Exemplo |
Pagamentos e contas digitais |
Facilitam transações digitais, compras e recebimentos com agilidade e baixo custo. |
Mercado Pago, PagBank, Iugu e PicPay. |
Crédito/Empréstimos |
Oferecem crédito rápido, financiamento e negociação de dívidas, com menos burocracia. |
Geru e Nubank. |
Investimentos |
Democratizam o acesso aos investimentos com plataformas digitais e automação. |
Toro e Magnetis. |
Seguros (Insurtech) |
Simplificam a contratação de seguros, reduzindo burocracia e tornando o serviço ágil. |
Youse e Kakau Seguro. |
Câmbio e Criptoativos |
Oferecem transações do câmbio digital, criptomoedas e blockchain. |
Mercado Bitcoin. |
Gestão financeira |
Automatizam o controle de finanças pessoais e empresariais com foco na organização. |
Conta Azul e Guiabolso. |
Negociação de dívidas |
Facilitam acordos e renegociações de débitos com soluções digitais acessíveis. |
Easy Crédito e Serasa Limpa Nome. |
Com essa diversidade, as fintechs não apenas oferecem alternativas modernas aos bancos tradicionais, mas também criam novas experiências financeiras para empresas e consumidores.
Exemplos de fintechs brasileiras que são referência
Com o Brasil se tornando um dos maiores polos de inovação financeira do mundo, diversas instituições desse modelo conquistaram relevância global. Conheça alguns exemplos de fintechs de destaque.
- Nubank: um dos maiores neobancos do mundo, oferece serviços de conta, cartões de crédito e investimentos com experiência totalmente digital. O Nubank alcançou o status de unicórnio brasileiro, com valorização superior a US$ 1 bilhão;
- Neon: também um dos principais neobancos, oferece conta digital sem tarifas, cartões, crédito e soluções para pessoas físicas e pequenas empresas, com foco em simplicidade e tecnologia;
- Stark Bank: uma fintech brasileira especializada em oferecer infraestrutura bancária e automação de pagamentos para empresas e se posiciona como referência em Banking as a Service (BaaS) no Brasil;
- PicPay: iniciou como carteira digital e hoje atua em pagamentos, crédito, marketplace e soluções financeiras completas para consumidores e empresas;
- Creditas: focada em crédito com garantia, como empréstimos com garantia de imóvel ou veículo. A Creditas também atingiu o status de unicórnio brasileiro;
- Banco Inter: um dos primeiros bancos digitais completos do Brasil, oferece conta-corrente, crédito, investimentos, seguros e marketplace em uma plataforma integrada;
- PagSeguro: destaca-se nos meios de pagamento, especialmente para pequenos negócios, com maquininhas de cartão, contas digitais e serviços financeiros integrados;
- BTG Pactual: atua na democratização dos investimentos, oferecendo acesso simplificado a produtos financeiros avançados para investidores de todos os perfis.
Essas fintechs brasileiras representam o potencial do país em criar soluções inovadoras e eficientes, transformando o acesso aos serviços financeiros e desafiando o modelo bancário tradicional.
Benefícios das fintechs para consumidores e empresas
As fintechs transformaram o setor financeiro ao combinar tecnologia, personalização e acesso simplificado a produtos financeiros. Tanto consumidores quanto empresas têm colhido os frutos dessa inovação.
Conheça os benefícios das fintechs para consumidores:
- acesso contínuo às finanças — operações podem ser feitas a qualquer hora, de qualquer lugar, com total autonomia;
- segurança aprimorada — soluções digitais robustas, incluindo blockchain e sistemas avançados de proteção contra fraudes;
- maior acesso ao crédito — plataformas digitais ampliam as opções de empréstimo, mesmo para quem tem pouco ou nenhum histórico de crédito.
Para as empresas, os benefícios são:
- agilidade operacional — pagamentos, recebimentos e gestão financeira acontecem em tempo real, reduzindo o tempo de processos internos;
- redução de custos — taxas e tarifas mais competitivas aliviam o custo financeiro dos negócios;
- personalização e inovação — soluções adaptadas às necessidades específicas de cada operação, com maior flexibilidade e integração aos sistemas de gestão.
Com essas vantagens, as fintechs seguem impulsionando a inclusão financeira, democratizando o acesso a produtos bancários e elevando a eficiência dos negócios.
Como as fintechs são regulamentadas no Brasil?
A regulação de fintechs no Brasil é conduzida pelo Banco Central, que por meio de legislação robusta criou um ambiente favorável para o crescimento sustentável desse modelo de instituição no país.
Duas normas foram fundamentais nesse avanço. A primeira delas é a Resolução n.º 4.656/2018, que estabeleceu regras para criação e funcionamento da Sociedade de Crédito Direto (SCD) e da Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP). Veja em detalhes:
- a SCD permite que fintechs realizem empréstimos, financiamentos e adquiram direitos creditórios usando exclusivamente capital próprio, operando completamente em plataformas digitais;
- a SEP autoriza as fintechs a intermediarem empréstimos e financiamentos entre pessoas físicas ou jurídicas via plataforma eletrônica, conectando diretamente quem busca crédito e quem deseja investir.
Já a Resolução n.º 4.657/2018 define regras de gestão de riscos e governança para instituições financeiras, incluindo as fintechs. Essa norma fortalece pilares de segurança, compliance e transparência.
Além dessas resoluções, muitas fintechs atuam como Instituições de Pagamento, autorizadas pelo Banco Central a oferecer serviços como transferências, processamento de pagamentos, carteiras digitais e emissão de cartões.
Qual é a diferença entre fintechs, bancos tradicionais e techfins?
Apesar de atuarem no setor financeiro, fintechs, bancos e techfins têm estruturas, operações e modelos de negócio bem distintos. Entenda as diferenças.
Característica |
Fintechs |
Bancos tradicionais |
Techfins |
Estrutura |
Startups ágeis, totalmente digitais, com operação enxuta. |
Instituições robustas, com rede física e digital. |
Empresas de tecnologia com atuação ampla, incluindo finanças. |
Foco |
Inovação, personalização e nichos específicos. |
Serviços bancários completos e consolidados. |
Oferecer serviços financeiros como extensão dos seus ecossistemas. |
Regulação |
Regidos por normas específicas do Banco Central, como SCD e SEP. |
Altamente regulamentados, com forte supervisão bancária. |
Algumas operações seguem regras locais de pagamentos e crédito. |
Atendimento |
Digital, rápido e personalizado. |
Presencial e digital, com maior burocracia. |
Digital, integrado a plataformas já usadas pelos clientes. |
Inovação |
Alto foco em simplificação e inclusão financeira. |
Presença crescente, mas com estruturas mais complexas. |
Integram pagamentos digitais aos seus sistemas de compras e serviços. |
Exemplos |
Nubank, Creditas e PicPay. |
Itaú, Bradesco e Santander. |
Apple Pay, Google Pay e Amazon. |
Enquanto as fintechs nascem para resolver dores específicas com soluções digitais inovadoras, os bancos mantêm a estrutura tradicional com forte regulação.
Já as techfins exploram o setor financeiro aproveitando a base tecnológica e o volume de dados que já possuem.
Desafios enfrentados pelas fintechs na operação e crescimento
Mesmo impulsionando a transformação digital financeira, as fintechs precisam superar desafios importantes para crescer e se consolidar no mercado. Entre os principais obstáculos, destacam-se:
- escalabilidade operacional — limitações tecnológicas, dificuldade de financiamento e estrutura ainda em expansão dificultam o crescimento em larga escala;
- desafios regulatórios contínuos — a inovação avança rápido, mas exige constante adaptação às regras definidas por órgãos reguladores, como o Banco Central;
- concorrência com bancos tradicionais — bancos estabelecidos possuem infraestrutura robusta, ampla oferta de serviços e forte presença de marca, o que gera competição acirrada;
- segurança cibernética — com operações totalmente digitais, as fintechs precisam investir fortemente em proteção de dados e prevenção de ataques cibernéticos;
- aquisição de clientes — conquistar novos usuários exige investimentos constantes em marketing, tecnologia e diferenciação de proposta de valor;
- retenção e fidelização — manter o cliente engajado, diante de inúmeras opções no mercado, demanda personalização contínua e excelência na experiência digital.
Superar esses desafios é essencial para que as fintechs sigam liderando a evolução do setor financeiro e ampliando seu impacto no ecossistema global.
Oportunidades para bancos e instituições ao integrar com fintechs
A integração com fintechs ou o uso de soluções especializadas, como as que você encontra na Topaz, permite que instituições financeiras e provedoras de serviços financeiros avancem na inovação sem ficarem presos às limitações das estruturas. Entre as principais oportunidades, destacam-se:
- expansão de canais digitais — criação de novas experiências em mobile, web e atendimento omnichannel, ampliando o alcance e a conveniência para o cliente;
- lançamento ágil de serviços financeiros — introdução rápida de novos produtos em crédito, pagamentos, investimentos e seguros, adaptados ao perfil do público;
- modernização do backoffice — automação de processos operacionais, simplificação de integrações e redução de custos com infraestrutura de TI;
- fidelização e personalização — uso de dados e inteligência artificial para criar ofertas sob medida e reduzir o grau de insatisfação;
- adoção de tecnologias emergentes — implementação de soluções como blockchain em finanças para ampliar segurança, transparência e eficiência nas transações.
A colaboração com fintechs ou plataformas tecnológicas robustas abre um novo horizonte competitivo para instituições tradicionais, permitindo atuar com a agilidade dos bancos digitais sem perder o domínio do mercado e a confiança alcançada.
Como a Topaz apoia fintechs e instituições financeiras no crescimento digital?
No centro da transformação digital financeira, a Topaz oferece um ecossistema completo de soluções instituições financeiras e provedoras de serviços financeiros que buscam inovação segura e escalável através da primeira plataforma full banking do mundo, Topaz One.
A família FinancialCore oferece uma base robusta e flexível para gestão de contas, crédito e investimentos, com alto desempenho e total conformidade regulatória. Já a família SercureJourney assegura segurança avançada, onboarding digital confiável e prevenção de fraudes, protegendo dados e operações.
Com a família TechPay, sua instituição amplia sua atuação em pagamentos instantâneos, moedas digitais e soluções com blockchain em finanças, atendendo às novas demandas do mercado com velocidade e segurança.
Se a sua empresa quer evoluir com flexibilidade, segurança e inovação de verdade, a Topaz está pronta para ser sua parceira de crescimento.
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Criatividade, paixão e foco nos detalhes. Três palavras que me definem ao produzir, editar e publicar conteúdos de tecnologia e finanças. Comunicadora social e jornalista com experiência em imprensa e produção editorial. Magíster em Marketing e Publicidade Digital, com foco em otimização SEO e estratégias digitais. Ciné/telefila, atleta e gamer.

Fintechs são empresas de tecnologia financeira que utilizam inovação para oferecer serviços financeiros de forma ágil, acessível e digital. Elas atuam por meio de plataformas online, criando novos modelos de negócio e transformando a forma de lidar com o dinheiro.

A lavagem de dinheiro consiste na prática de disfarçar a origem ilícita de valores obtidos por meio de atividades criminosas, inserindo-os na economia formal. As 3 fases da lavagem de dinheiro são: colocação, ocultação e integração.


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