Autenticação de usuário: guia completo sobre métodos e implementação

Catalina Arango
Jun 24, 2025

A autenticação de usuário significa validar a identidade de uma pessoa que está tentando acessar um sistema e, então, confirmar se é alguém com autorização. Em instituições financeiras, como bancos e contas digitais, esse processo é determinante para impedir fraudes e proteger dados sensíveis nas operações. 

Segundo dados da Check Point Research, o primeiro semestre de 2025 já registrou um aumento de 94% nos ataques cibernéticos por semana. Dessa forma, a segurança digital passou a ser um elemento estratégico de sobrevivência e crescimento.

Por isso, neste guia, você entenderá como a autenticação de usuário funciona, quais são os principais fatores e como aplicar uma abordagem segura na sua empresa, sem perder de vista a experiência do usuário.

Como funciona a autenticação de usuário?

A autenticação de usuário é composta por três etapas fundamentais: identificação, verificação e autorização. No momento em que o usuário tenta acessar um sistema — como uma conta digital — ele insere seus dados, como login e senha.

O sistema então valida essas informações e decide se deve permitir ou negar o acesso com base nos dados previamente cadastrados.

Esse processo, embora pareça simples, exige camadas de inteligência para identificar comportamentos suspeitos e prevenir tentativas de fraude.

É por isso que instituições modernas integram mecanismos como um sistema antifraude, que combina autenticação e monitoramento em tempo real com análise de risco para garantir transações seguras desde o primeiro clique.

Quais são os principais fatores de autenticação?

Cada método de autenticação de usuário é baseado em ao menos um dos três fatores fundamentais: conhecimento, posse e biometria. A seguir, entenda como eles funcionam.

Algo que você sabe (conhecimento)

Esse é o tipo mais comum e conhecido, englobando senhas, PINs, padrões e respostas a perguntas de segurança. Sua principal vantagem está na familiaridade e facilidade de implementação.

Por outro lado, é também o método mais vulnerável, já que pode ser facilmente comprometido em ataques de phishing ou por engenharia social.

Para reduzir riscos, é essencial adotar políticas de senhas fortes, exigir trocas periódicas e instruir os usuários a não utilizar as mesmas senhas em múltiplos serviços.

Algo que você possui (posse)

A autenticação por posse envolve o uso de um item físico ou digital que o usuário tem, como um token de segurança, um smartphone, cartões inteligentes ou códigos únicos enviados por SMS ou e-mail.

Esse fator é mais difícil de ser replicado, o que o torna mais seguro que o conhecimento isolado. No entanto, se o dispositivo for perdido ou roubado, o acesso poderá ser comprometido.

Algo que você é (biometria)

Esse fator utiliza características físicas ou comportamentais do usuário para autenticar seu acesso. Alguns exemplos muito utilizados são:

  • impressão digital;
  • reconhecimento facial;
  • leitura da íris;
  • identificação por voz.

A autenticação biométrica tem se tornado cada vez mais comum, graças à evolução das tecnologias embarcadas em dispositivos móveis. 

Embora ofereça uma experiência fluida e alto nível de segurança, a preocupação com o armazenamento e uso de dados biométricos exige que as empresas estejam atentas à legislação e às boas práticas de privacidade.

Principais métodos de autenticação de usuário

Os métodos de autenticação são as formas como esses fatores são combinados, definindo o nível de segurança da autenticação.

Ou seja, enquanto os fatores representam a base da verificação de identidade, os métodos definem se ela será feita com um único fator, com dois fatores diferentes ou com múltiplas camadas de proteção. Cada um desses métodos apresenta diferentes níveis de robustez.

Autenticação de fator único (1FA)

A autenticação de fator único utiliza apenas um fator — geralmente uma senha — para liberar o acesso. 

Embora simples e amplamente utilizada, essa abordagem é vulnerável a ataques e, por isso, é indicada apenas em contextos de baixo risco. Em instituições financeiras, seu uso isolado não é recomendado.

Autenticação de dois fatores (2FA)

Nesse modelo, o acesso só é liberado após a combinação de dois fatores distintos, como uma senha (conhecimento) e um código enviado ao celular (posse).

A 2FA aumenta significativamente a segurança e já é considerada o padrão mínimo em ambientes críticos, como bancos e contas digitais.

Para se ter ideia de sua eficácia, quando o Google ativou automaticamente a autenticação de dois fatores em 150 milhões de contas de e-mail e 2 milhões de contas no YouTube, houve uma redução de 50% nos ataques a essas contas em comparação com aquelas que não tinham o recurso ativado.

Autenticação multifator (MFA)

A autenticação multifator combina três ou mais fatores, aumentando exponencialmente a segurança do acesso, sendo a mais robusta de todas as autenticações.

Ela é ideal para ambientes que exigem proteção avançada, como plataformas bancárias, gestão de grandes volumes de dados e movimentações financeiras de alto valor.

Sua adoção exige uma análise cuidadosa da jornada do usuário, para que a segurança não comprometa a fluidez da experiência.

Como implementar autenticação segura em sua empresa?

Implementar autenticação de usuário de forma eficaz exige uma abordagem estruturada e escalável. O ideal é começar mapeando os riscos e definindo os níveis de acesso necessários. 

A partir disso, é possível adotar autenticação por dois fatores como base e evoluir para soluções mais sofisticadas conforme o perfil dos usuários e a sensibilidade das operações.

O próximo passo envolve a integração com sistemas de análise de risco em tempo real, como a solução da Topaz, que permite adaptar os métodos de autenticação ao comportamento do usuário e ao contexto do acesso. 

Isso melhora a experiência do usuário e aumenta a eficiência da segurança. Também é fundamental investir em revisar periodicamente as políticas de acesso e manter uma estrutura de monitoramento para identificar possíveis brechas na segurança digital. 

Como a Topaz ajuda instituições a garantir segurança na autenticação?

A Topaz oferece soluções completas para autenticação de usuário por meio da suíte modular SecureJourney, adotada por 90% do mercado financeiro brasileiro

A família SecureJourney foi desenvolvida para proteger instituições desde o onboarding digital até a análise de transações em tempo real, combinando tecnologias como machine learning, biometria comportamental e IA preditiva.

O destaque dessa família é o Gestor de Decisões, um sistema inteligente que analisa cada transação e decide se ela é legítima ou fraudulenta, usando algoritmos avançados e regras customizáveis. 

Ele atua diretamente na prevenção de perdas financeiras, no combate à lavagem de dinheiro e na proteção da reputação da instituição, sempre em conformidade com as normas regulatórias.

Essas tecnologias permitem que a instituição reduza em até 80% os índices de fraude, ao mesmo tempo que melhora a experiência do cliente e garante escalabilidade.

Fale com nossos consultores e descubra como levar a segurança da sua instituição a um novo patamar, com inovação e total controle!

Catalina Arango

Criatividade, paixão e foco nos detalhes. Três palavras que me definem ao produzir, editar e publicar conteúdos de tecnologia e finanças. Comunicadora social e jornalista com experiência em imprensa e produção editorial. Magíster em Marketing e Publicidade Digital, com foco em otimização SEO e estratégias digitais. Ciné/telefila, atleta e gamer.

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