Abordagem Baseada em Risco: o que é, benefícios e como implementar

Abordagem Baseada em Risco (ABR) é um modelo de gestão que orienta empresas a tomarem decisões e priorizarem ações com base nos riscos e impactos críticos que podem estar envolvidos nos processos.
Esse conceito tem ganhado espaço no mundo como um padrão para compliance, auditoria e prevenção à lavagem de dinheiro. Ele permite que instituições atuem de forma mais estratégica e eficiente, otimizando recursos e fortalecendo sua segurança operacional.
Na ABR em auditoria, por exemplo, os auditores concentram esforços em áreas com maiores chances de falhas ou irregularidades, tornando o processo mais assertivo.
Nesse sentido, por meio de experiência consolidada em gestão de riscos, a Topaz impulsiona instituições rumo a estruturas mais seguras e inteligentes. Para entender como, continue a leitura.
Diferença entre Abordagem Baseada em Risco e Avaliação Interna de Risco
A Abordagem Baseada em Risco em compliance é a estratégia que define onde concentrar esforços, recursos e controles. Já a Avaliação Interna de Riscos (AIR) é o processo que identifica, mede e analisa os riscos dentro da organização.
Ambos os conceitos são interdependentes e a AIR “abastece” a ABR com dados reais da organização.
Enquanto a ABR orienta o plano de ação, a AIR mostra quais áreas precisam de mais atenção. Um programa de compliance, por exemplo, pode adotar a ABR para focar em onboarding e pagamentos, com a AIR mostrando falhas nesses processos.
Ou seja, as duas práticas se complementam e juntas tornam a gestão de riscos mais inteligente, proporcional e eficaz, com decisões baseadas em evidência e não em hipóteses.
Benefícios da implementação da Abordagem Baseada em Risco
Adotar esse recurso transforma a gestão de compliance e riscos em uma estratégia de negócio inteligente. Veja os principais benefícios da implementação da Abordagem Baseada em Risco:
- alocação eficiente de recursos — é possível focar onde o risco realmente importa, concentrando esforços, equipes e investimentos em pontos críticos da operação;
- identificação proativa de ameaças — será possível antecipar falhas, fraudes e vulnerabilidades antes que se tornem crises;
- melhoria dos controles internos — fortaleça processos e políticas com base em evidências reais, não em suposições;
- conformidade regulatória — atenda às exigências do Bacen, COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e legislações internacionais com mais precisão e menos esforços;
- redução de custos a longo prazo — prevenir é sempre mais barato do que precisar corrigir e a ABR elimina desperdícios com controles desnecessários;
- proteção da reputação — mitigar riscos críticos evita danos à imagem da empresa e à confiança do mercado;
- aprimoramento da eficiência — ao eliminar lacunas e ajustar processos com foco em riscos, a empresa ganha agilidade;
- fortalecimento dos programas de compliance e antifraude — a ABR aumenta a precisão das ações de prevenção, tornando os programas mais eficientes;
- inovação segura — testar novos modelos, produtos ou canais com uma visão clara dos riscos garante avanços;
- resiliência e adaptação — empresas com gestão de risco evoluída se adaptam mais rápido e enfrentam instabilidades com mais equilíbrio.
É nesse sentido que podemos concluir que a ABR não é só sobre evitar perdas, mas também sobre construir uma operação mais estratégica, confiável e preparada para crescer com inovação.
Etapas essenciais da Abordagem Baseada em Risco
A aplicação da ABR segue um fluxo estruturado que garante decisões baseadas em dados e foco nos riscos mais relevantes.
- Identificar riscos: mapeie possíveis ameaças aos processos, como fraudes em onboarding de clientes ou falhas em sistemas de pagamento. Quanto mais preciso o diagnóstico, mais eficiente a gestão;
- Avaliar probabilidade e impacto: analise com que frequência o risco pode ocorrer e qual seria o impacto no negócio. Por exemplo, uma falha operacional pode ter baixa frequência, mas alto impacto nas finanças;
- Classificar a criticidade: crie um termômetro de riscos para definir prioridades. Um risco com alta probabilidade e alto impacto deve ser tratado com urgência máxima;
- Implementar controles: adote medidas proporcionais, como autenticação por biometria para transações críticas ou revisão manual em fluxos com alto índice de fraude;
- Revisar continuamente: monitore indicadores e revise os riscos constantemente, ajustando controles conforme mudanças no ambiente do negócio, regulamentações ou comportamento de clientes.
Seguir essas etapas fortalece a gestão de riscos, reduz vulnerabilidades e garante que os esforços estejam sempre direcionados ao que realmente importa, protegendo o negócio.
A ABR na prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo
A prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo (PLDFT) utiliza a Abordagem Baseada em Risco como diretriz central. O GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional) recomenda que controles e políticas sejam proporcionais ao nível de risco de cada cliente, produto ou canal.
Por isso, instituições financeiras aplicam a ABR no dia a dia quando identificam perfis de maior risco, ajustam o Know Your Customer (KYC) e reforçam o monitoramento de transações. Com o auxílio de um sistema antifraude, é possível responder em tempo real a desvios e padrões suspeitos.
A regulamentação brasileira, como a Lei 9.613/98 e normas do Bacen, exige a adoção de políticas de PLDFT com base em risco, incluindo avaliação contínua, segmentação e reportes ao COAF.
Como implementar a Abordagem Baseada em Risco na sua organização?
Implementar a ABR é uma decisão estratégica que fortalece a gestão de riscos corporativos e garante mais inteligência no uso de recursos, por isso, é também importante considerar os seguintes passos:
- compromisso da administração — o engajamento da liderança é o primeiro passo. A ABR deve estar integrada à cultura organizacional e às decisões estratégicas;
- identificação de riscos — mapeie processos, clientes e produtos para identificar ameaças. Em seguida, avalie a probabilidade e o impacto, classificando os riscos;
- desenvolvimento de procedimentos — crie controles e ações específicas para riscos mais relevantes. Tudo deve ser documentado e estar alinhado às leis;
- treinamento e conscientização — capacite as equipes. Pessoas bem treinadas são a primeira linha de defesa;
- monitoramento e atualização — riscos mudam e a abordagem da instituição também deve mudar. Revise a metodologia e ajuste os controles conforme mudanças regulatórias.
Desafios ao adotar a Abordagem Baseada em Risco
Embora estratégica, a implementação da ABR pode apresentar obstáculos comuns, no entanto, superá-los é importante para manter a segurança da instituição e garantir a conformidade com as regulações.
- Cultura organizacional resistente: mudanças na forma de avaliar riscos exigem envolvimento e engajamento da equipe, por isso, promova programas de conscientização e mostre o impacto positivo da ABR na eficiência e na segurança da operação;
- Falta de dados estruturados: sem informações confiáveis a categorização de riscos não é precisa. Invista na digitalização de processos e na coleta de dados de operação e financeiros;
- Dificuldades técnicas de implementação: integração com sistemas, definição de indicadores e automatização de controles são fases complexas. Para isso, contar com parceiros tecnológicos experientes é essencial.
Como a Topaz facilita a adoção da abordagem baseada em risco?
Através da família SecureJourney, a identificação de riscos ocorre em tempo real, auxiliando na prevenção à lavagem de dinheiro na conformidade regulatória.
Com base em inteligência artificial e machine learning, o sistema monitora transações, detecta padrões atípicos e dispara alertas, tudo de forma automatizada.
Nossas APIs robustas permitem integração com qualquer ambiente tecnológico, garantindo interoperabilidade e controle operacional completo, seja para fintechs em crescimento ou bancos já consolidados.
Com flexibilidade para personalizar regras e fluxos, a Topaz acelera o time to market e garante que a sua operação esteja sempre um passo à frente dos riscos.

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O International Financial Reporting Standard 9 (IFRS 9) foi implementado com o objetivo de trazer maior transparência e consistência aos relatórios financeiros de instituições que lidam com instrumentos financeiros. No Brasil, a sua adoção representou um desafio significativo para o setor financeiro, dada a complexidade das novas exigências e a necessidade de uma gestão de riscos mais proativa.

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