Risco operacional: entenda o conceito e como reduzir perdas

Catalina Arango
Aug 14, 2025

Risco operacional é a possibilidade de perdas financeiras, reputacionais ou regulatórias causadas por falhas internas em processos, sistemas, pessoas ou estrutura organizacional. 

Nas instituições financeiras, ele é um dos principais desafios da atualidade diante da crescente digitalização dos serviços, da pressão por conformidade regulatória e das exigências cada vez maiores de segurança.

Esse tipo de risco pode ameaçar a saúde financeira das empresas e também comprometer a confiança dos clientes e a reputação da marca.

Neste artigo, você entenderá por que é crucial monitorar os riscos operacionais no setor financeiro e quais são suas principais causas.

Qual é a importância de entender os riscos operacionais?

Entender o risco operacional é essencial para prevenir eventos que geram perdas severas e, muitas vezes, irreversíveis, principalmente, no mercado financeiro, em que operações ocorrem em tempo real e sob intensa regulação, qualquer desvio pode desencadear uma série de problemas. 

Por exemplo, uma falha no sistema de análise de crédito pode resultar na aprovação de clientes de alto risco, gerando inadimplência. Já um erro em um processo manual de compensação pode comprometer transações inteiras, afetando o caixa e o relacionamento com clientes. 

A boa gestão de riscos operacionais permite antecipar problemas, fortalecer a governança e garantir a conformidade com as normas do Banco Central e outras entidades reguladoras.

As três classificações de risco operacional

No geral, os riscos operacionais se dividem em três grandes categorias: organizacional, pessoal e operacional. Porém, eles se complementam e se conectam, dessa forma, uma falha em um deles pode gerar um efeito dominó nos outros.

Risco organizacional

Esse risco está ligado à estrutura da empresa, incluindo planejamento deficiente, ausência de processos bem definidos ou falhas de comunicação entre departamentos. Esse tipo de fragilidade afeta a execução das estratégias e a resiliência da instituição diante de crises.

Risco pessoal

O risco pessoal diz respeito ao capital humano envolvido na operação. Falhas de colaboradores por falta de preparo, negligência ou até má-fé podem gerar prejuízos severos. Um colaborador mal treinado, por exemplo, pode executar uma operação errada e causar problemas financeiros.

Risco operacional

Já o risco de operação está relacionado a sistemas e processos automatizados ou não. Ele envolve interrupções tecnológicas, bugs de software, falhas de segurança digital ou ausência de manutenção preventiva. Esse é um dos riscos mais comuns e, em muitos casos, o mais difícil de prever sem ferramentas específicas.

Principais causas de risco operacional

O risco operacional pode surgir de diversas fontes e se manifestar de maneira distinta em cada organização. Entre os principais fatores estão falhas humanas, problemas tecnológicos, fraudes e processos mal estruturados.

Compreender cada uma dessas causas com profundidade é o primeiro passo para uma estratégia de mitigação de riscos. A seguir, entenda melhor as causas dos riscos.

Falhas humanas

Entre as causas internas, as falhas humanas são as mais frequentes. Em um ambiente de alta complexidade como o financeiro, pequenos equívocos podem ter grandes consequências, tais como:

  • processamento incorreto de dados de clientes;
  • aprovação indevida de crédito;
  • desatenção em atividades de compliance.

Falhas de sistemas e tecnologia

Os riscos operacionais também podem surgir de interrupções nos sistemas, ataques cibernéticos e problemas de infraestrutura.

A dependência tecnológica torna as instituições vulneráveis a falhas operacionais que impactam diretamente seus processos e a experiência do cliente.

Além disso, o *Fundo Monetário Internacional (FMI) relatou que bancos, seguradoras e gestoras de ativos sofreram mais de 20 mil ataques cibernéticos nas duas últimas décadas, resultando em perdas de US$ 12 bilhões ao setor financeiro global.

Por isso, a importância de contar com uma estrutura tecnológica mais robusta, garantindo, assim, mais segurança à empresa.

Fraudes internas e externas

As fraudes empresariais podem ocorrer tanto por agentes internos quanto externos, com o objetivo de obter ganhos ilegítimos. Entre os tipos mais comuns estão fraudes em documentos, manipulação de dados e golpes eletrônicos.

Alguns dos sinais de alerta são movimentações financeiras atípicas, inconsistências em documentos e tentativas frequentes de acesso não autorizado

Para proteção, as instituições devem contar com um sistema antifraude robusto que monitore e bloqueie essas ações automaticamente.

Processos inadequados

Processos mal desenhados ou ineficientes ampliam o risco ao permitir erros e dificultar a detecção de falhas operacionais. Por exemplo, a ausência de validações automatizadas em processos manuais pode causar inconsistências nos dados e atrasos no atendimento.

Essas falhas podem resultar em multas regulatórias, insatisfação do cliente e até perdas financeiras diretas, o que reforça a necessidade de revisão e melhoria contínua dos procedimentos internos.

Impactos dos riscos operacionais nos negócios

As consequências do risco operacional, em muitos casos, afetam a reputação da marca, o relacionamento com clientes e a confiança dos investidores.

Afinal, uma falha em sistemas de autenticação, por exemplo, pode expor dados sensíveis e gerar desconfiança por parte dos usuários. 

Já uma fraude interna pode não só comprometer os resultados do trimestre como também atrair a atenção de órgãos reguladores, exigindo ações corretivas que custam caro.

Há ainda o risco regulatório, com multas, sanções e até suspensão de operações, principalmente em um setor fortemente vigiado como o financeiro.

Além disso, o efeito causado por uma falha operacional pode travar atividades em cadeia e prejudicar várias áreas ao mesmo tempo, exigindo um esforço coordenado de recuperação.

Como identificar riscos operacionais na sua empresa?

A identificação de riscos operacionais deve fazer parte da rotina da gestão estratégica das instituições, e pode ser feita através de um passo a passo simples:

  • 1° passo: revise os processos internos com uma abordagem crítica para identificar pontos de maior vulnerabilidade no mapeamento dos riscos operacionais;
  • 2° passo: utilize indicadores-chave de risco (KRIs) para monitorar o desempenho operacional e realizar reuniões periódicas com equipes multidisciplinares (compliance, tecnologia, operações) a fim de ampliar a visão sobre os riscos;
  • 3° passo: analisar incidentes históricos para identificar padrões, utilizando ferramentas de auditoria e analytics para uma detecção mais precisa.

Como prevenir riscos operacionais com tecnologia?

A tecnologia tem um papel central na prevenção do risco operacional. Soluções modernas permitem automatizar processos críticos, monitorar operações em tempo real e antecipar ameaças com base em dados.

O uso de inteligência artificial, por exemplo, permite identificar padrões suspeitos e gerar alertas automáticos. Os sistemas integrados reduzem falhas por duplicidade de informação, enquanto a automação de processos operacionais elimina tarefas manuais que geram inconsistência.

Além disso, plataformas robustas de gestão e compliance ajudam a manter a instituição em conformidade com as normas do setor, reduzindo o risco regulatório e fortalecendo a governança interna.

Como a Topaz apoia instituições na redução de riscos operacionais?

A Topaz oferece uma completa e inovadora para apoiar instituições financeiras na prevenção e mitigação de riscos operacionais, combinando tecnologia de ponta com alta performance. 

A família SecureJourney é dedicada à segurança, prevenção de fraudes empresariais e conformidade regulatória, através de ofertas como:

  • Gestor de Decisões: monitora e bloqueia fraudes em tempo real usando regras e algoritmos inteligentes;
  • Onboarding Seguro: autenticação de identidade por biometria facial e verificação documental para evitar fraudes na abertura de contas;
  • Prevenção à lavagem de dinheiro: garante conformidade com normas internacionais e monitora transações suspeitas;
  • Prevenção e combate à fraude: detecta ameaças em tempo real e bloqueia fraudes com machine learning e biometria inteligente.

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Catalina Arango

Criatividade, paixão e foco nos detalhes. Três palavras que me definem ao produzir, editar e publicar conteúdos de tecnologia e finanças. Comunicadora social e jornalista com experiência em imprensa e produção editorial. Magíster em Marketing e Publicidade Digital, com foco em otimização SEO e estratégias digitais. Ciné/telefila, atleta e gamer.

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