O que é Pix indireto e como funciona essa modalidade de participação?

O Pix indireto é um modelo moderno de transação financeira que permite que instituições financeiras e de pagamento ofereçam o Pix sem conexão direta ao SPI (Sistema de Pagamentos Instantâneos) do Banco Central.
Todo esse processo é feito por meio de uma parceria com um participante direto, como um banco ou fintech com acesso direto ao SPI.
Esse formato amplia o acesso ao sistema de pagamentos instantâneos, permitindo que fintechs, cooperativas e instituições de menor porte ofereçam o Pix sem arcar com os altos custos e complexidades técnicas de uma integração direta.
No mundo moderno, em que procedimentos antes demorados estão se tornando cada vez mais simples e rápidos, essa modalidade torna-se uma ferramenta essencial. Assim, é possível acelerar o time-to-market, reduzir despesas operacionais e promover a inovação em serviços financeiros.
Neste artigo, explicaremos o que é o Pix indireto, como ele funciona, as vantagens para instituições financeiras e fintechs, diferenças em relação ao Pix direto, os requisitos regulatórios, como aderir e o papel de soluções tecnológicas como as da Topaz nesse processo.
Participante direto vs. participante indireto: entenda as diferenças
O modelo do Pix é dividido em dois tipos principais de participantes:
- participante direto — possui conexão direta com o SPI, realiza a liquidação das transações e se comunica diretamente com o Banco Central. Geralmente, são grandes bancos, instituições de pagamento de grande porte e fintechs estruturadas;
- participante indireto — não possui conexão direta com o SPI e depende de um participante direto para realizar a liquidação das transações e outras operações. São, normalmente, fintechs menores, cooperativas de crédito e outras instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central.
As responsabilidades também variam: o participante direto precisa manter infraestrutura técnica robusta, seguir requisitos regulatórios rigorosos e responder diretamente ao Banco Central.
O participante indireto, por outro lado, pode focar na oferta de serviços ao cliente final e contar com o suporte técnico, operacional e regulatório do participante direto.
Como funciona o Pix indireto, na prática?
O processo de uma transação Pix via participante indireto segue estas etapas:
- o cliente inicia uma transferência Pix no aplicativo ou sistema da instituição indireta;
- a instituição encaminha a solicitação ao seu parceiro participante direto;
- o participante direto transmite a transação ao SPI para validação e liquidação;
- o SPI processa a transação e envia a confirmação de volta ao participante direto;
- o participante direto retorna a resposta à instituição indireta, que informa o cliente.
Vale destacar, entretanto, que apesar de haver várias etapas e intermediações nesse processo, o processamento do Pix não demora mais que alguns segundos para ser confirmado.
O registro e gerenciamento das chaves Pix indiretas dos clientes finais são realizados pelas instituições que atuam como participantes indiretos do Pix.
Essas instituições utilizam os serviços de um participante direto para efetuar o registro e a liquidação dos pagamentos, e a chave Pix do cliente final é gerenciada pela instituição contratante.
Também são registradas e gerenciadas no sistema do Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT), por meio do participante direto, garantindo que a experiência do usuário final seja fluida e segura.
Quem pode ser participante indireto do Pix?
Nem toda empresa pode ser participante indireto. Para isso, é necessário cumprir uma série de exigências regulatórias, operacionais e de compliance, estabelecidas pelo Banco Central, para garantir a segurança e a integridade do ecossistema financeiro:
- ser uma instituição financeira ou de pagamento autorizada a funcionar pelo Banco Central, comprovando legitimidade no sistema financeiro para poder realizar operações reguladas com segurança jurídica;
- ter capital mínimo integralizado de R$ 5 milhões, conforme atualização regulatória vigente. Esse valor funciona como um critério de robustez financeira, garantindo que a instituição tenha condições mínimas de operar com pagamentos instantâneos e absorver eventuais riscos ou variações operacionais.
Também é necessário atender a requisitos de compliance e gestão de riscos compatíveis com a regulamentação vigente, incluindo:
- prevenção à lavagem de dinheiro — a empresa precisa implementar políticas e sistemas que permitam identificar, monitorar e reportar transações suspeitas;
- gerenciamento de riscos operacionais, financeiros e cibernéticos — o Banco Central exige que instituições participantes tenham políticas formais e mecanismos de controle interno para mitigar falhas operacionais, vulnerabilidades de segurança e riscos de crédito ou liquidez;
- segurança da informação — é necessário adotar práticas robustas de segurança digital, como criptografia, autenticação multifator, proteção de dados sensíveis e conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
Esses requisitos garantem a estabilidade e a segurança do ecossistema financeiro digital.
Vantagens do Pix indireto para instituições financeiras e fintechs
Optar pelo modelo de Pix indireto oferece vários benefícios às instituições. Dentre eles, destacam-se:
- redução de custos — não é necessário investir em infraestrutura robusta para integração direta com o SPI;
- foco em produto — as empresas podem direcionar seus recursos para o desenvolvimento de soluções e melhoria da experiência do cliente final;
- agilidade no time-to-market — é possível implementar produtos do Pix de forma mais rápida;
- simplificação regulatória — parte das responsabilidades é assumida pelo parceiro direto, reduzindo a complexidade burocrática.
Diferença entre Pix direto e Pix indireto
Entenda melhor sobre as diferenças das modalidades direta e indireta do Pix:
Características |
Pix direto |
Pix indireto |
Conexão com SPI |
Direta |
Via participante direto |
Responsabilidades regulatórias |
Totais |
Compartilhadas com o parceiro |
Controle da operação |
Total |
Parcial (dependente do direto) |
Tempo e custo da adesão |
Elevados |
Reduzidos |
Nível de autonomia |
Alto |
Moderado |
Como implementar o Pix indireto em seu negócio?
Para implementar o Pix indireto no seu negócio, siga os seguintes passos:
- obtenha a autorização do Banco Central (se ainda não for uma instituição autorizada);
- pesquise e selecione um participante direto com quem estabelecerá a parceria;
- realize a integração técnica com as APIs e sistemas fornecidos pelo parceiro;
- realize testes e homologação junto ao parceiro e ao Banco Central;
- prepare a operação interna para garantir que as equipes de trabalho estejam capacitadas, em conformidade com as normas e suporte ao cliente.
Como escolher o melhor participante direto para seu negócio?
Uma das etapas mais importantes na hora de aderir ao Pix indireto é escolher um bom parceiro de negócio, a fim de assegurar credibilidade e segurança às suas transações financeiras.
Para isso, considere:
- estabilidade financeira e reputação no mercado;
- robustez técnica e qualidade da API (Application Programming Interface);
- tempo de mercado e experiência com integrações Pix;
- qualidade do suporte técnico e atendimento;
- custos e taxas cobrados pelos serviços prestados.
Avaliar esses aspectos evita problemas futuros e possibilita uma parceria eficiente.
Requisitos regulatórios e o papel do Banco Central
O Banco Central define as regras de participação no ecossistema Pix por meio do Manual de Regulamentação do Pix.
A participação indireta é prevista nesse arcabouço regulatório, permitindo que mais instituições ofereçam o serviço com segurança e padronização.
Na estrutura do Pix, destacam-se órgãos como:
- Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) — onde ocorre a liquidação das transações;
- Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) — sistema onde as chaves Pix são registradas e gerenciadas;
- camadas de segurança e auditoria — asseguram a integridade das transações e o cumprimento das normas.
Como a Topaz ajuda instituições a operarem com Pix indireto?
Através da família TechPay, a Topaz oferece um ecossistema de soluções financeiras digitais que facilita a entrada de fintechs e instituições no modelo de Pix indireto, garantindo rapidez, segurança e eficiência aos seus clientes.
Com integração via APIs, a Topaz garante:
- rápida implementação do Pix indireto;
- interoperabilidade com diferentes participantes diretos;
- suporte completo a requisitos de compliance e regulação;
- monitoramento e atualizações constantes conforme diretrizes do Banco Central;
- escalabilidade e segurança para o crescimento dos clientes.
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Criatividade, paixão e foco nos detalhes. Três palavras que me definem ao produzir, editar e publicar conteúdos de tecnologia e finanças. Comunicadora social e jornalista com experiência em imprensa e produção editorial. Magíster em Marketing e Publicidade Digital, com foco em otimização SEO e estratégias digitais. Ciné/telefila, atleta e gamer.

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O International Financial Reporting Standard 9 (IFRS 9) foi implementado com o objetivo de trazer maior transparência e consistência aos relatórios financeiros de instituições que lidam com instrumentos financeiros. No Brasil, a sua adoção representou um desafio significativo para o setor financeiro, dada a complexidade das novas exigências e a necessidade de uma gestão de riscos mais proativa.

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