A tokenização é o processo de transformar ativos físicos ou digitais em representações digitais únicas — os tokens — registradas e validadas em uma blockchain.
Essa tecnologia permite que qualquer ativo de valor, como imóveis, obras de arte, recebíveis, ações ou commodities, seja convertido em frações digitais negociáveis, aumentando a liquidez e democratizando o acesso a investimentos antes restritos.
No Brasil, o mercado de tokenização ultrapassou US$ 1 bilhão em ativos tokenizados em 2025, segundo o Brazil Tokenization Report. Esse avanço reflete não apenas o amadurecimento tecnológico, mas também a consolidação da tokenização como um dos pilares da transformação digital do sistema financeiro.
O processo de tokenização envolve etapas técnicas que garantem segurança, transparência e conformidade regulatória. Cada fase contribui para transformar ativos reais em representações digitais seguras e rastreáveis.
Investidores podem adquirir quantidades variadas desses tokens, participando de um ativo de alto valor com acesso fracionado, liquidez ampliada e total rastreabilidade.
Esta diversificação permite que empresas escolham o modelo mais adequado aos seus objetivos estratégicos e requisitos regulatórios.
A tokenização está transformando a forma como o mercado estrutura, distribui e administra ativos financeiros.
Baseada em tecnologia blockchain, ela combina eficiência operacional, transparência e inclusão, permitindo que empresas e investidores participem de um ecossistema financeiro mais dinâmico e acessível.
Para o investidor, a tokenização representa um novo paradigma de acesso e flexibilidade.
Ela democratiza oportunidades antes exclusivas, amplia liquidez e aumenta a transparência nas relações financeiras.
O setor financeiro brasileiro vive um momento de transformação impulsionado pela tokenização. Instituições financeiras, fintechs e gestoras de recursos adotam essa tecnologia para modernizar modelos de negócio, ampliar acesso a investimentos e otimizar operações internas.
Entre as aplicações mais consolidadas estão os ativos imobiliários, recebíveis, commodities e fundos de investimento tokenizados, cada um trazendo benefícios específicos em termos de liquidez, eficiência e transparência.
O mercado imobiliário brasileiro movimentou mais de U$ 1 bilhão de tokens em 2024, segundo o Brazil Tokenization Report 2025, com projeção de alcançar 1,24 trilhão em 2025, sinalizando o amadurecimento e a crescente confiança nesse modelo.
Plataformas especializadas já oferecem desde frações de apartamentos até participações em fundos de desenvolvimento, permitindo que investidores diversifiquem suas carteiras com aportes a partir de R$ 1.000 — um contraste expressivo com os valores mínimos de fundos tradicionais.
A tokenização reduz barreiras de entrada, aumenta a liquidez e facilita o acesso a capital para incorporadoras e construtoras. O processo de captação pode ser até 30% mais rápido que o financiamento convencional, acelerando projetos e ampliando retornos sobre o investimento.
A tokenização de recebíveis cria mercados secundários dinâmicos para direitos creditórios, proporcionando liquidez imediata a empresas de diferentes portes.
Esse modelo é especialmente vantajoso para companhias com ciclos longos de recebimento — como exportadoras ou prestadoras de serviços — que podem antecipar fluxos de caixa sem recorrer a intermediários tradicionais.
Para investidores, trata-se de uma oportunidade de renda fixa digital, com rendimentos competitivos e prazos diversificados.
A transparência da blockchain permite avaliação precisa de risco e retorno, e a automação dos processos reduz prazos de liquidação: operações que antes levavam semanas passam a ser concluídas em dias.
A tokenização de commodities — como ouro, prata, petróleo e produtos agrícolas — democratiza o acesso a ativos reais, eliminando custos de armazenagem e riscos logísticos.
Investidores podem adquirir frações de ativos físicos, negociar 24 horas por dia e aproveitar oportunidades de arbitragem e proteção contra inflação em mercados globais.
Para produtores, especialmente do agronegócio, os tokens representam uma alternativa moderna de financiamento, permitindo antecipar receitas futuras e reduzir a dependência de crédito bancário tradicional.
A tokenização de cotas de fundos leva estratégias de investimento sofisticadas a um público mais amplo.
Investidores passam a acessar fundos multimercado, hedge funds ou private equity com valores mínimos reduzidos e maior flexibilidade de resgate. Gestores, por sua vez, reduzem custos operacionais e ampliam a base de investidores.
A automação via smart contracts aumenta a eficiência na administração e possibilita estruturas de taxas mais competitivas, enquanto relatórios automatizados e dados em tempo real fortalecem a transparência e a confiança entre todas as partes.
Apesar dos benefícios expressivos, a tokenização ainda enfrenta desafios que exigem atenção estratégica, governança sólida e competência técnica.
O equilíbrio entre inovação e segurança é essencial para que empresas e instituições financeiras adotem essa tecnologia de forma sustentável.
O primeiro grande desafio está no ambiente regulatório, que segue em constante evolução.
No Brasil, normas como a Resolução CVM 88 e regulamentações do Banco Central representam avanços significativos, mas ainda há lacunas e interpretações em aberto.
Empresas precisam manter estruturas de compliance robustas, capazes de acompanhar mudanças regulatórias, garantir rastreabilidade e atender às exigências de relatórios e auditorias.
A integração da tokenização aos sistemas tradicionais de compliance bancário também requer investimento em tecnologia, automação e capacitação das equipes.
A segurança cibernética é outro ponto crítico.
Embora a blockchain ofereça alto nível de proteção, vulnerabilidades podem surgir em smart contracts, carteiras digitais ou exchanges, abrindo brechas para ataques e perdas de ativos.
Para mitigar esses riscos, é essencial adotar protocolos de segurança multicamadas, custódia segura, autenticação multifator e procedimentos de recuperação de chaves criptográficas.
Auditorias frequentes e testes de penetração ajudam a identificar falhas antes que se tornem ameaças reais, preservando a integridade dos sistemas e a confiança do mercado.
A volatilidade dos tokens e a liquidez limitada em determinados mercados também representam desafios relevantes.
Como ainda não existem formadores de mercado consolidados, variações de preço podem ocorrer de forma abrupta, impactando investidores e instituições.
A diversificação de portfólios, o monitoramento de mercado e a utilização de stablecoins podem reduzir parte desse risco, tornando as operações mais previsíveis e equilibradas.
No campo operacional, a dependência de infraestrutura blockchain externa pode afetar desempenho e disponibilidade.
Empresas devem adotar estratégias de redundância e contingência, com planos claros de continuidade de negócios para mitigar riscos de interrupção.
Monitoramento contínuo, métricas de performance e contratos com níveis de serviço bem definidos (SLAs) ajudam a garantir estabilidade e escalabilidade das plataformas.
Outro ponto fundamental é a educação do mercado.
Apesar do avanço do setor, muitos investidores e gestores ainda desconhecem o funcionamento e os benefícios da tokenização.
Essa lacuna de conhecimento limita o ritmo de adoção e pode gerar percepções equivocadas sobre riscos e retorno.
Para superar esse desafio, é necessário investir em educação financeira, comunicação clara e divulgação de casos de sucesso que demonstrem resultados concretos.
Em resumo, os principais desafios da tokenização envolvem:
Superar esses obstáculos requer estratégia, tecnologia e experiência de mercado.
Com a combinação certa de inovação e governança, a tokenização pode se consolidar como um dos pilares da transformação financeira global — e empresas preparadas estarão à frente na criação dessa nova economia digital.
O mercado global de tokenização caminha para uma década de expansão acelerada. Segundo informações do Standard Chartered Bank, o volume global deve saltar de US$ 35 bilhões em 2025 para US$ 2 trilhões até 2028, essa projeção foi apresentada por Geoffrey Kendrick, chefe de pesquisas do banco, em um relatório divulgado em outubro de 2025.
Esse avanço será impulsionado pela maturação regulatória, pela adoção institucional e pela evolução de tecnologias convergentes, como inteligência artificial e open banking.
No Brasil, o ecossistema segue trajetória semelhante. O país se consolidou como líder na economia tokenizada na América Latina. De julho de 2024 a junho de 2025, o país movimentou U$ 318,8 bilhões em criptoativos, uma alta de 110% relação ao período anterior, segundo dados de pesquisa da Chainalysis.
Setores como agronegócio, energia renovável e infraestrutura devem ganhar protagonismo, ampliando a aplicação dessa tecnologia para além do mercado financeiro tradicional.
A entrada de bancos, corretoras e gestoras de grande porte acelera a profissionalização e a padronização do setor, oferecendo mais segurança, liquidez e credibilidade aos investidores.
Entre os principais vetores dessa transformação está o Drex, a moeda digital do Banco Central. Mais do que um novo meio de pagamento, ele cria uma infraestrutura nativa para transações tokenizadas e liquidação instantânea, reduzindo custos e eliminando riscos de contraparte.
Sua programabilidade via smart contracts abre espaço para produtos financeiros inovadores — como empréstimos automatizados, seguros inteligentes e instrumentos de hedge parametrizados —, consolidando o Brasil como um polo de inovação financeira digital.
A integração entre tokenização, inteligência artificial e open banking amplia ainda mais o potencial desse ecossistema. Algoritmos de IA poderão otimizar carteiras tokenizadas em tempo real, ajustar estratégias de investimento e automatizar análises de risco.
Ao mesmo tempo, APIs abertas e padronizadas garantirão interoperabilidade entre sistemas tradicionais e plataformas blockchain, oferecendo experiências fluidas e seguras para usuários e instituições.
Essa convergência tecnológica representa o próximo estágio da digitalização financeira:
O resultado será um sistema financeiro mais eficiente, transparente e acessível, onde ativos de qualquer natureza — físicos ou digitais — poderão ser tokenizados, negociados e liquidados em tempo real, em um ambiente regulado e interoperável.
Com infraestrutura sólida, governança adequada e visão de longo prazo, o futuro da tokenização posiciona o Brasil entre os líderes globais da nova economia digital.
A transformação digital do mercado financeiro vai além da tokenização — ela também envolve a evolução das plataformas que sustentam a gestão de produtos de investimento.
Nesse cenário, a família TechInvest da Topaz atua como uma plataforma completa para emissão, controle e automação de produtos de renda fixa, variável, derivativos e fundos.
Com arquitetura modular, integração via APIs e conformidade total com as normas do Banco Central e da CVM, o TechInvest simplifica o backoffice e amplia a eficiência operacional de instituições financeiras, bancos e corretoras.
A plataforma automatiza processos de emissão, liquidação, conciliação e gestão de carteiras, reduzindo custos operacionais e assegurando agilidade, segurança e rastreabilidade em cada operação.
Integrado ao ecossistema Topaz, o TechInvest conecta-se a soluções como o FinancialCore, o TechPay e o BankingTools, criando uma infraestrutura unificada que integra tesouraria, core bancário e investimentos.
Essa interoperabilidade permite que instituições financeiras ampliem sua oferta de produtos, otimizem fluxos internos e estejam preparadas para um ambiente cada vez mais digital, eficiente e regulado.
O TechInvest é a base que conecta o presente das finanças tradicionais com o futuro dos investimentos digitais — apoiando instituições na modernização de seus ecossistemas financeiros com segurança, conformidade e alta performance.
Fale conosco e vamos juntos construir o futuro do seu negócio!